sexta-feira, 6 de setembro de 2013

E assim chegamos ao fim de mais uma Viagem


E assim se chega ao fim de mais uma viagem!

Ontem, a escolha do restaurante coube ao Frederico. E diga-se, uma excelente escolha. O restaurante, de nome Jama, tinha um terraço no topo que foi o local escolhido por nós para jantar, apesar do restaurante ter as mesas postas só no interior no andar de baixo. A simpatia dos empregados foi inexcedível e jantamos os quatro no terraço com um simpático empregado só para nós.

Comemos os últimos Tajines, os últimos Couscous e, se é verdade que toda a comida, salvo rarissmas excepções, foi excelente, a verdade é que,a variedade apresentada nos restaurantes também não é imensa... Talvez porque estão virados para os turistas. Conseguimos resumir a Tajines e Couscous de diversos tipos de carnes. Num raro caso encontramos a Tanjia e a sopa marroquina que, definitivamente foram os nossos eleitos.

Bebemos o ultimo chá de menta servido a rigor e já era hora de entrar em modo de volta, porque a alvorada estava marcada para as 5:30.



Assim foi, acordamos à hora marcada e todos muito bem dispostos. Relembra-se que o hotel escolhido é na Medina e que todos os quartos dão para um pátio central. Pela hora apresentada, silencio era obrigatorio. E foi assim, em silencio, ou quase, que tomamos um mini pequeno almoço que consistia em sumo de laranja, Yogurt e um bolinho. Uma simpatia do Riad.

Como tinha sido organizado no dia anterior, o transfer para o aeroporto estava marcado e o próprio manager do Riad nos acompanhou pelas ruas, já familiares, mas agora completamente vazias, até ao local onde nos esperava mais uma carrinha pipi para nos levar ao aeroporto.

O aeroporto de Marrakech é um aeroporto moderno, bonito até! Mas será preciso relembrar que Marrocos é África? Pois em muitos aspectos não parece, mas no que diz respeito ao controlo de passaportes, meus amigos, recordámo-nos da eficiência Tanzaniana de outras viagens. De tal maneira que, constantemente tinha que vir alguém buscar os passageiros que ainda estavam na fila para passar e já os aviões estavam na pista para partir... Enfim... É o que temos e há que saber levar com calma e boa disposição, o que sempre fizemos e, também os mais jovens viajantes aprenderam a fazer.

Lá passamos o controle de passaportes, mas convém referir que o controle aparentemente apertadíssimo de passaportes contrasta com controle altamente liberal da policia. Nada, em nenhuma mala foi controlado. Os computadores passam no mesmo tapete, líquidos parece não ser problema e metais estranhos também não.

Mesmo a tempo de embarcar no nosso voo Ryanair, mais uma vez com prioridade de embarque que nos dá sempre aquela especial sensação de que somos mesmo importantes!

Foi uma viagem fantástica em que tudo correu muito bem e foi uma viagem em que os mais pequenos viajantes mostraram que têm a capacidade e curiosidade de conhecer outras  realidades e que se conseguem adaptar a outros mundos. São bons companheiros de viagens e esta foi, certamente apenas a primeira com eles.

Obrigada aos nossos acompanhantes de leitura durante estes dias. Adoramos, mais uma vez ir escrevendo estes episódios que não só nos servem de memória futura como, esperamos, vos vão divertindo.














quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Aventuras, mau cheiro e o palácio perdido

Esta é a ultima crónica desta viagem escrita de Marrocos. Faremos, certamente uma ultima já pela nossa Europa. A saída é bem cedinho amanhã!

Hoje, tinhamos resolvido ir visitar uma coisa que dava pelo nome de Tanneries. Para quem não é francês, isto quer dizer que são os senhores que curtem o couro... dos animais, claro! O nosso "assistente de viagem", de que já aqui falámos, decidiu deixar para o ultimo dia, gozar connosco e mandou-nos para o lado oposto da cidade. Como é nosso hábito decidimos ir a pé, pois claro! O tempo amanheceu fresco que foi o que nos valeu, mas lá pelas 11:00 decidiu mostrar que o sol também queria fazer parte desta história e, nessa altura, ainda não tinhamos dado com o que procurávamos.

Demos a mão à palmatoria e lá deixamos que um local transeunte nos levasse até ao nosso destino. Demos voltas e mais voltas, entramos em bairros estranhos e até houve quem, a determinada altura, começasse a sentir alguma insegurança. Mas nada nos demoveu. Continuámos após avaliados os riscos...

Chegámos! Calculávamos já que o cheiro não fosse agradável, mas $%&/($#, é muito pior! De tal forma que nos recebem à porta, com um molhinho de hortelã, para "enfiarmos" no nariz durante a visita para evitar qualquer perda de consciência antes do final da visita. O local é sinistro, uma área gigante cheia de buracos com água nauseabunda, peles de animais com, pelo menos, 500 séculos (foi o que nos pareceu), pelos de animais a montes por todo o lado e um senhor que nos ia explicando num quase francês, o porquê de outros senhores estarem enfiados nos buracos nauseabundos com água pela cintura.

Não podemos garantir que tenhamos percebido todo o processo desde que a pele do animal chega ainda com carne até ao produção de casacos e maletas, mas garantimos que quem passa por esse processo, sofre seguramente de uma doença de falta de olfato, porque nós estivemos ali cerca de meia hora e juramnos que mais cinco minutos e deixavamos lá ficar as tripas.

Pagas as gorgetas por esta inolvidável experiência, seguimos caminho por mais longos kilometros de souks, passando pelas diversas actividades, desde os trabalhos em ferro, carpinteiros, candeeiros, enfim... tudo o que se possa imaginar.

Algures nesta caminhada houve uma pessoa que fez sucesso! O mais pequeno elemento do grupo que, por acaso é lourito dá nas vistas nos pequenos locais que o quiseram cumprimentar. Assim foi, e o momento ficou registado para alegria de todos.

Depois de tal caminhada, restava-nos apenas força para almoçar. E foi o que fizemos. Mais uma vez, num restaurante com vista para a Praça Jemma El Fna.




À tarde, tinhamos decidido que não iriamos visitar mais nada e que apenas deambulariamos pela cidade. Assim foi e fomos para o outro lado da cidade. Eis que deparamos com mais um palácio que já tinhamos decidido que não iriamos visitar, mas já que aqui estávamos, decidimos entrar no Palácio Bahia. Imponente e sumptuoso, cheio de mosaicos e pinturas de madeira muito engraçadas, mas pouco mais... ou somos nós que já temos a nossa dose de mosaicos... pode-se dar esse caso!

Mais umas compritas, umas pequenas negociações e o dia terminou. Ou melhor falta o jantar que já decidimos que vai ser perto do nosso Riad porque amanhã a alvorada é às 5:30.

Amanhã estamos de regresso a casa e, apesar de estarmos a adorar a nossa viagem, não podemos deixar de sentir saudades da nossa casa, da familia e dos amigos.

Beijinhos para todos


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Souks, mercados, compras e mais Marrakech

Este foi o dia que dedicámos a simplesmente ir andando por aí. O simplesmente andando por aí é muito perigoso!

Não, não é perigoso porque haja ladrões, não é pergioso por causa do transito, não é perigoso por causa dos "melgas", que normalmente existem por estas bandas. Nada disso! O perigo vem do unico elemento feminino deste grupo. SIM, porque hoje foi dia de compras :)))))))

E todos foram obrigados a parar, para ver as pulseiras com a Mão de Fátima, os brincos com a Mão de Fátima, os colares com a Mão de Fátima... e ainda diversos outros objectos ... sim, com a Mão de Fátima.

Mão de Fátima à parte, estes souks (mercados) são muito ineteressantes. Há de tudo. Carne, peixe, legumes, tecidos, toda e qualquer peça de artesanato, especiarias e muita contrafacção que parece já fazer sucesso por estas bandas. Nada disso, não começem já a pensar que fomos comprar produtos não originais, nós não fazemos isso....... ;)

Mais uma vez calcorreamos kilómetros, muitos, mas o dia esteve do nosso lado e o calor decidiu baixar um bocadinho. Só estavam 39º ! Mas a verdade é que pelos souks o calor não se faz sentir tanto.

Nas compras, hoje percebemos que o elemento feminino do grupo dá nas vistas, provavelmente pela sua invulgar altura (que não é comum por estas bandas). Hoje, chegou mesmo a ser oferecido 1000 camelos pela troca (um cliché), e nessa altura já ia pondo a mãozinha por cima do ombro. Claro que houve quem não achasse graça - O Macho Alfa do grupo respondeu em bom português e gestos reveladores: "mais uma dessas e torço-te o pipo"... Os mais novos fartaram-se de rir, mas o que é certo é que o vendedor percebeu a mensagem e guardou a sua mãozinha ee a compra foi feita a preço justo.


Entre compras também houve tempo para mais um bocadinho de cultura. Visitamos a Madrassa Ben Yussef, um antigo colégio de ensino do Corão, onde outrora viveram 130 estudantes. Muito interessante e uma arquitectura muito bonita.

Visitamos também a cooperativa das especiarias onde aprendemos muitas coisas sobre produtos naturais e sobre a utilização dos mesmos. Ora, como é evidente, a vontade de trazer tudo era imensa, mas felizmente estamos limitados pela capacidade de bagagem.

Os diversos mercados rodeam a já famosa Praça onde tudo acontece e claro que ainda havia um encontro lá marcado com umas cobras. Foi hoje mesmo! Cobras enroladas à volta do percoço, e até em cima da cabeça, deram origem a lindas fotografias.









Porque esta também é uma viagem gastronómica, e a conselho da nossa amiga Hassania, experimentamos um prato tipico de Marrakech que se chama Tanjia. Excelente! 

Hoje, porque tinhamos tempo e perdidos pelas ruelas dos souks fomos parando em cafezinhos tipicos e andando calmamente...

À noite temos marcada uma sopaa marroquina, também conselho de quem sabe, numterraço panorâmico com vista sobre a Jemma El Fna.

De salientar que os nossos mini viajantes estão cada vez mais afinados e nunca se negam a nada, sempre com boa disposição e de piada fácil. Um prazer!

Temos que referir que, não sabemos se pela nossa bela aparência, se pela descontração natural, todos nos reconhecem como portugueses. Claro que Obrigado, Figo, Mourinho, Ronaldo são as referências habituais. Por qualquer razão estranha, muitos se referem a bacalhau com batatas fritas (?????), mas hoje, houve uma referência que bateu todas as outras. Alguéem disse: "Ah, Portugal? Bancarrota!" ipsis verbis ... Acho que ainda estamos a decidir se era para rir ou chorar... se bem que ainda não parámos de rir.

Amanhã há mais. Beijinhos para todos









terça-feira, 3 de setembro de 2013

Muitos Kilómetros e muitas sensações

Olá olá,

Este foi o nosso segundo dia em Marrakech. Na verdade o de ontem apenas deu para ter um cheirinho, mas este sim, já foi completo.

Decidimos que não queríamos guias, nem acompanhantes, nem coisa nenhuma. Somos viajantes de andar a pé e à descoberta. Tanto assim é que damos connosco várias vezes em locais sem um unico turista além de nós, o que acaba por ser aquilo que gostamos mesmo.

A primiera paragem, após a abordagem de um transeunte,foi numa loja de especiarias, onde vimos coisas que jamais pensámos que existissem e sentimos cheiros que nem sonhamos de onde vêm. Neste caso, todos agradáveis. Foi uma engraçada lição de especiarias e outros produtos naturais com utilizações diversas.

Mas os locais turísticos também são para se visitar e, obviamente assim fizemos. Começamos pelo Palácio El Badi. É um palácio em ruínas mas que ainda mostra a imponência de outros tempos. Ali viveu o Sultão Ahmad al-Mansur com as suas 365 mulheres, em seus 365 quartos. Uma mulher para cada dia que era para não se fartar. Pelo menos foi o que nos disse o guia do local - O Abdoulah. A acreditar nele, o sultão era um ganda maluco!!! Mas maluqices à parte, o palácio vale a visita e a vista do terraço é soberba. De referir que as prisões do palácio são, ainda hoje, assustadoras e é nesta altura que nos perguntamos como pode a mente humana ter tais ideias...

Continuámos caminho e seguimos para os tumulos de Saaddies. O local é bonito, bem conservado e é considerado património da humanidade. Vale obviamente a visita.

O calor começava a mostrar a sua raça, mas nós, afoitos viajantes continuámos caminho. O objectivo agora era a Mesquita da Koutobia , passando pela Bab Agnaou. Entretanto, decidimos (ou alguém decidiu) negociar umas pulseiritas...o negócio correu bem e as pulseiritas lá vieram. Desconfia-se que não serão as ultimas...
A compradora e a Vendedora

Continuámos a calcorrear kilómetros a pé e seguimos até à Mesquita da Koutobia tem um minarete gigantesco que foi copiado por Sevilha... essa gente sem imaginação :)

É preciso que se diga que nesta altura, já se ultrapassava os 40º e a hora de almoço também já se fazia anunciar. Eis que se consulta um novo "assistente de viagem" (Triposo no IPAD) que aconselhava vivamente um restaurante, um pouco longe, assim nos parecia, mas pensámos que não era isso que nos demoveria.

Fomos, só aí percebemos que os 40º já eram 43º e que toda a Avenida Mohamed V parece não ter fim... Esta é a parte moderna da cidade, onde encontramos as mesmas lojas de qualquer outra capital europeia, o que não deixa de ser curioso pois a confusão marroquina continua a exisitir.

Demos, de facto com o tal Restaurante - Café du Livre. Muito giro, comeu-se muitissimo bem e bebemos alguns litros de água. Luxo dos luxos, a refeição terminou com 2 belos cafés expresso por cada adulto. Sim, porque um só já não chegava.

Pensámos que já que estavamos do lado da cidade oposto ao do nosso Riad, deveríamos visitar os Jardins Majorelle. Andámos mais um pouco (atenção que o nosso pouco começa a ficar muito grande). Estes jardins eram propriedade de Yves Saint Laurent e são, definitivamente, um paraíso no meio de Marrakech e local de visita obrigatória. Não apenas pela beleza em si, mas pela maneira como tudo está apresentado.

Voltar para trás a pé, ficou, nesta altura, fora de questão. Já levavámos, seguramente, mais de 20km nas pernas e, apesar de ninguém reclamar, achámos que, por respeito aos viajantes mais pequenos, o taxi seria uma boa opção. Assim foi. Preço negociado claro, e lá fomos nós numa experiência que ficará na memória.

A paragem foi a, já conhecida, Praça Jemmal El Fna, pois é daqui que nos orientamos para voltar às ruelas que vão dar ao nosso Riad. Mas a verdade é que não se passa por aqui, sem trazer histórias para contar. Desta vez, foram os Aguadeiros e o Macaco.

Os Aguadeiros


Decidimos relaxar um bocadinho no Riad, refrescarmos-nos com uma banhoca e contar aos amigos o que andámos a fazer. Iremos jantar a um restaurante que vimos aqui próximo do Riad e, de certeza, mais uma voltinha na Praça ... depois descansar porque amanhã há mais!

Beijinhos e até amanhã








segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Uma viagem, um novo destino e novos companheiros de Viagem

Ora já passou um ano desde a ultima publicação neste blog. Houve outras viagens, mas para destinos mais "normais" e por isso não mereceram a atenção deste blog.

Desta vez o destino novamente mais exótico, mas, acima de tudo, uma nova companhia de viagem. Os nossos dois pequenos aventuraram-se connosco.

O destino escolhido: Marrakech!

Para a aventura ser maior e não querendo parecer petulantes, desta vez o voo foi feito, pela primeira vez, em low cost. Partimos de Sevilha em voo Ryainair. Bom, ok! Aventura, aventura mas não tanto. Marcámos os lugares. Recusámo-nos a embarcar a correr, correndo o risco de esbofetear algum outro passageiro que quisesse ficar no mesmo lugar que nós. Assim, sempre tivemos trtamento VIP.

Primeiros a embarcar, lugares marcados, sorrisos e simpatias. Do Voo não temos nada a dizer. Não fica atrás de muitas outras companhias aéreas de bandeira e acho que nunc andámos em algum voo que chegasse e partisse efectivamente a horas, MESMO!

Na verdade é uma azáfama, vendem-se cachorros, sandes, e até... raspadinhas. A essas não resistimos e houve quem ganhásse... o direito a raspar mais uma e até outra.

Chegámos a Marrakech! Calorzinho... 38º À nossa espera, no aeroporto, um senhor com um sinal marcava o nome do Riad que escolhemos. Era o nosso tranfer. Carrinha toda pipi, 15 minutos e estamos no meio da Medina de Marrakech. Mais três minutos a pé por ruelas bem estreitinhas, com motas a razar-nos os ombros, viramos à esquerda para uma rua ainda mais estreita e eis que estamos no nosso Riad a beber chá de menta com o Zacarias (o "manager" assim se apresentou). Depois de diversas explicações as quais ainda não digerimos por completo porque o nosso francês esta, como dizer... enferrujado - decidimos sair à descoberta da famosa Praça Jemma El Fna.

Aqui convém explicar que os nossos companheiros de viagem começam a olhar para as coisas de olhos esbugalhados e boca aberta. Um visivelmente apaixonado por tudo o que vê, as cobras encantadas, os musicos de rua, os mágicos, malabaristas, etc... O outro, nem tanto, o esbugalhamento dos olhos vem mais de alguma apreensão face a uma realidade diferente. É que é mesmo diferente.

Hoje o dia vai longo, mas falta referir que enquanto jantávamos houve um primeiro contacto com o Adha - o chamamento para as orações provenientes dos minaretes das mesquitas e aí, lamentamos, mas não há nenhuma fotografia que possa demonstrar as caras de espanto dos dois novos viajantes... Essa é uma imagem que guardaremos só para nós ;)

Jantámos muito bem e foi o primeiro contacto com estes sabores mais exóticos. Todos gostaram desta primeira experiência.

Amanhã adivinha-se um longo dia de visitas e experiências e depois cá estaremos para as contar.

Até amanhã a todos e beijinhos