domingo, 29 de abril de 2012

Mumbai - UAUUUUU!!!!

Meus amigos, este será o ultimo post desta viagem. Não tivemos oportunidade de, durante a viagem, publicar a visita a Mumbai, mas não podemos deixar de o fazer.

Despedimo-nos de Goa, com pena, porque adorámos. Demos uma ultima voltinha pelo hotel, tirámos as ultimas fotografias e lá fomos.

Voámos de Goa para Mumbai. Relembramos que era a viagem de regresso a Portugal. O Voo para Portugal era apenas de madrugada, por isso havia um passeio por Mumbai.

Temos que confessar que nenhum dos dois estava com muita vontade de fazer o que nos parecia um passeio de autocarro no meio do trânsito, sem grande interesse... mas lá fomos, como é nosso hábito: "não recusar nada sem conhecer". E, meus amigos, temos a dizer: Ainda bem que fomos!!! Mumbai é uma "pequena" cidade com 21 milhões de habitantes. E não leram mal, são mesmo 21 milhões! Estão a imaginar o dobro da população de Portugal numa cidade? Conseguiram imaginar? Pois não tem nada a ver com isso. É algo de muito maior calibre.
Começámos a nossa visita pela lavandaria. E o que é a lavandaria? É um espaço gigantesco, ao ar livre, ao longo da linha de comboio. O que se faz na lavandaria? Ora, claro que se lava roupa! Lava-se roupa de hoteis, hospitais, etc. É um trabalho, todo, mas todo manual. Feito apenas por homens, pela dureza do próprio trabalho. Lava-se em tanques, seca-se em cordas e passa-se com ferros de carvão. As imagens valem mais que mil palavras...
Mumbai é, verdadeiramente, uma cidade de enormes contrastes. Temos as favelas e temos os multimilionários. Temos as casas simples e temos a casa mais cara do mundo (apenas com 27 andares, três dos quais para guardar carros), ou mesmo os arranha céus, temos as mesmas motoretas que vimos por outros lados da India e temos Rolls Royces... Assim, à partida, pode ser até chocante, mas garantimo-vos que é uma cidade fantástica! Cheia de arranha céus, fazendo, de repente pensar que estamos em NY.
Visitámos de seguida os jardins suspensos (não porque sejam suspensos, mas porque estão muito altos). Os jardins são, de facto lindos, mas vale, acima de tudo, pela vista que temos da cidade. Vê-se a baia de Mumbai, a praia até é linda, não fosse o facto de o mar ser extremamente poluído.
Segui-se uma visita à Victoria Station que é a estação de comboios, Refira-se que é um monumento património da humanidade e é soberbo. Se chegarmos lá, de olhos vendados, achamos que estamos em Inglaterra, não fosse o calor, as constantes buzinadelas, o trânsito caótico e os milhões de pessoas que por ali andavam.
Seguimos para a Porta da India. O monumento é lindo, mas o mais fantástico é sentir o ambiente, a população e toda aquela agitação. E sabem uma coisa mesmo engraçada? Os Indianos pedem-nos constantemente para tirar fotogrfias com eles. E nós lá tiramos.
Falta referir que ainda hoje e, apesar do enorme crescimento que se percebe que a India tem tido, ainda existe muito sinal do nosso povo lusitano por aquelas paragens. Vimos muitos edificios portugueses que ainda se encontram bem conservados.

Jantámos num restaurante muito bonito da cidade e partimos para o aeroporto.

O resto já se sabe, de Mumbai para Frankfurt, de Frankfurt para Lisboa e Lisboa para Portimão.

Chegámos cansados, bem, e acima de tudo, muito mais ricos!!!

A India é, definitivamente um país a voltar. Como nos disse um dos guias: "A India não é um país, é um Continente!" Ficou muito, mas muito por ver e estamos certos de que lá voltaremos. Para a próxima o inicio é em Mumbai!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Goa

Goa é um estado da India, o mais pequeno de todos e, por onde andou o nosso grande Vasco da Gama. Os portugueses marcaram a sua presença aqui até 1961. E nota-se, é verdade que se nota! É engraçado, estarmos na India, um país culturalmente tão diferente do nosso e, ao mesmo tempo, sentirmo-nos no Portugal profundo. Quase não se vê escrita Indiana, e muitos dos nomes das ruas são em Português. Os que não são, são derivados do nome original em Português. Os Goeses têm nomes portugueses. Os nossos guias chamavam-se Bento e Ivo Souza e falavam português. Começamos por visitar a Catedral, onde se encontra o corpo de São Francisco Xavier. Como encomendado por algumas pessoas, tivemos uma conversinha de “pé de orelha” com ele para dar uma mãozinha por aí… assim fizemos e temos a certeza que ele nos ouviu. A Catedral é lindíssima e está super bem conservada.
Seguiu-se a Sé que também é maravilhosa. Enorme, bem conservada e as imagens muito bonitas. Outros locais de interesse, como a porta da India, homenagem a Vasco da Gama, também fizeram parte do percursos. É verdade que houve mais igrejas que vimos, mas são tantas que perdemos a noçãos dos nomes. Sim, porque em Goa, 65% da populaºão é católica. Aqui, em Goa, vivem amigavelmente Católicos, Hindus e muçulmanos. Um bom exemplo !
Depois, fomos até Panjim (que também é Goa, mas outra zona). Continuam os traços portugueses. Aqui ficam alguns:
Almoçámos num hotel na cidade espectacular. O almoço foi bom, mas confessamos que toda a gente já começa a falar de bacalhau, sardinha assada e hoje, acho que até sonhámos com carapaus alimados… A comida Indiana é, obviamente muito condimentada e picante. Um de nós adora, o outro nem por isso. A comida de Goa, já é diferente. É mais parecida com a nossa, mas claramente mais picante. Desta ambos gostamos. Como sabem, nós experimentamos toda a comida dos locais por onde andamos, mas a verdade é que a nossa comidinha portuguesa continua sempre a ser melhor. A seguir ao almoço tivemos ordem de soltura para compras e para dar uma voltinha a pé para sentir o ambiente. Foi giro, muito giro. Goa, aliás refira-se que todos os locais por onde andámos na India, são super seguros. Ninguém cheteia, ninguém vem pedir nada. Na verdade, ninguém nos liga. Fomos ao mercado que adorámos, e limitamo-nos a passear pelas ruas e a fotografar. Parece-vos, fácil, certamente. Mas a verdade é que tudo isto é feito debaixo de um calor abrasador. Estavam 40ºC e 75% de humidade, uma delicia, não?
Voltámos ao hotel ainda a tempo de dar um mergulhinho no quente Mar Arábico. A temperatura deve rondar em média os 28ºC… que chatice!
À noite, uma bela surpresa. Saímos do hotel para uma hora de viagem, a caminho do Palácio do Deão. Este local, estava há uns anos em ruínas, era uma casa de 1710 (achamos nós que é esta a data exacta) que começou a ser recuperada por um senhor de Goa, de seu nome Ruben Vasco da Gama. Este senhor pegou nestas ruínas e após muita investigação feita em Braga, consegui reconstruir a casa como ela seria na época. Vai recuperando como pode, abre a casa (onde vive) a grupos de turistas, essencialmente portugueses e faz estes eventos para ganhar algum dinheiro para continuar o seu trabalho de recuperação. Fomos recebidos pelo próprio Vasco da Gama e, surpresa das surpresas, por uma rapariga Goesa, com um sorriso fantástico a cantar, imaginem, fado. Surrealista! O jantar foi cozinhado pela mulher do Sr. Gama e sempre acompanhado por músicas portuguesas cantadas pela tal rapariga do sorriso simpático. Desde fado, modinhas portuguesas, chegando ao malhão, malhão, tivemos de tudo um pouco! Valeu a pena. Chega a ser comovente como um senhor que nada tem a ver com Portugal, tanto se esforça para manter um património que foi nosso. Na casa, existe uma sala, cheia de antigas notas e moedas portuguesas, selos, etc. Até o mobiliário é da época.
Voltámos para o hotel para o merecido descanso. Como já viemos tarde não tivemos forças para publicar este post. Por isso hoje vem com atraso. Hoje é dia de fazer nada. Acordámos quase às 10:00, o que é um luxo, estivemos na praia de manhã, almoçámos e agora estamos a pensar descansar de tanto trabalho para ao final da tarde irmos dar mais um mergulhinho.
Hoje à noite iremos ter o jantar de despedida, porque amanhã iniciamos o nosso percurso de regresso. Vamos voar de Goa para Bombaim, onde vamos passar o dia. Vamos dar uma voltinha por lá e, depois, logo contamos como foi.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Jaipur - Goa

Hoje, foi mais um dia de viagem. Aliás, não foi um dia, foi uma manhã comprida. Às 4 da manhã estávamos de pé e partimos de Jaipur às 5:30. Fizemos dois voos. De Jaipur para Mumbai (ou Bombaim, como preferirem) e depois daí para Goa, onde chegámos por volta do meio dia. A chegada a Goa, faz-nos logo perceber que os portugueses passaram por cá. A confusão é generalizada no aeroporto! Apesar das diferenças, acaba por nos fazer lembrar a Africa por onde andámos. Almoçamos num restaurante junto à praia e depois fomos para o Hotel. Aqui temos que dizer que o Hotel é algo saido das mil e uma noites. Simplesmente divinal. Cheio, mas mesmo cheio de lagos e jardins, os quartos são fabulosos e enormes. E a praia, perguntam os nossos amigos? Ah, pois é... a praia é qualquer coisa do outro mundo. Demos um mergulhinho. A água devia estar próximo dos 30º, mas cheia de ondas, o que torna tudo mais divertido. O problema é a quantidade de gente na praia. Faz assim lembrar a costa da caparica.......... mas no inverno, num dia de chuva. LOL Na praia estavam, além de nós os dois, mais duas pessoas :))) Ficámos pouco tempo hoje, porque precisamos de descansar um bocadinho. E por falar em descansar, é isso que vamos fazer agorinha mesmo, porque aqui já é meia noite e o dia foi longo. Amanhã vamos visitar Goa de manhã e à tarde, vamos fazer o que nos apetecer... A nós parece-nos que é capaz de nos apetecer ver se a água continua à mesma temperatura. Logo contamos.

Jaipur

Conforme prometido, apenas com um dia de atraso, cá estamos para contar as nossas aventuras e divertimentos. A visita a Jaipur começou com uma subida de elefante ao Forte Amber. O Forte é fantástico, gigante, com uma enorme muralha e confessamos, é emocionante a subida de elefante. Sempre divertida aquela confusão. Eram cerca de 90 elefantes a subir aquela muralha até ao forte. O nosso elefante era gigante. Não sei porque nos terão atribuido um elefante mais forte... esperamos que nada tenha a ver com o nosso peso :)
O Forte como dissemos é maravilhoso, lindissimo. Faz-nos imaginar como seria nos seus tempos gloriosos. De referir que ainda é pertença do Marajá, mas como agora os Marajás não mandam nada, têm que fazer render as suas propriedades para as conseguirem manter. E esta está muito bem mantida. Podíamos continuar a descrever como tudo é lindo, mas, de facto, passavamos a ser um bocadinho repetitivos. Aqui fica uma foto da parede de espelhos que é digna de ser vista. Parede que é mesmo mais uma sala, mas reparem que tudo é feito em pequenos espelhos.
À saída encontramos estes senhores. Vejam só:
Seguimos viagem, agora de Jeep, a descida já não pode ser feita de elefante. Seguimos para mais um palácio, também muito bonito. Aqui tinha fotografias de época, originais, girissimas e tinha as roupas usadas pelos próprios. Coitados... aquilo devia ser pesadissimo.
Seguiu-se a visita ao observatório. Mas aqui, o cansaço era já algum e optámos por ficar sentadinhos na relva a conversar com o nosso Guia que nos conta o que é a vida hoje na India. Ficámos a saber muitas coisas que não imaginávamos, como os salários, como se vive, etc. Como todos sabem, este é o tipo de coisas que gostamos de saber. Seguiu-se um passeio a pé, pelas ruas de Jaipur até ao palácio dos Ventos que, na verdade, é uma fachada com enumeras janelas, atrás das quais,antigamente, as damas podiam observar o movimento da cidade sem serem vistas... a nós, parece-nos um bocadinho de cusquice, mas ok...
As ruas de Jaipur têm uma cor e um movimento indescritiveis. Barulho, cheiros, imagens que, não é por mal, mas não conseguimos mesmo pôr em palavras.
A tarde foi de descanso merecido. Aproveitamos a piscina e pusemos a conversa em dia. A noite prometia. E na verdade, a noite foi fantástica. Prepararam-nos um jogo de polo de elefantes, que vale pela grandiosidade da coisa, mais do que pela velocidade. O mais engraçado é que nós próprios fomos os actores do jogo. Uns como jogadores, outros como arbitros. Tudo isto numa envolvência quase cinematográfica. Trompeteiros, cavaleiros, etc. De referir que após o jogo tivemos um espectaculo de dança, cuspidores de fogo e outros que tais. E pensam que este foi o final???? NÃO!!! Isto tudo acabou num fogo de artificio digno de uma passagem de ano de uma cidade ao Sul de Portugal :))) Desta noite, as fotografias estão na máquina pro, por isso só poderão ver depois os cuspidores de fogo e essa gente...
Depois jantámos e fomos dormir porque tinhamos de acordar cedo para partir para Goa. Neste momento em que escrevemos, já chegámos a Goa, mas ainda não conseguimos transmitir nenhuma noticia, porque vamos a correr dar um mergulho na praia, porque está um calor abrasador e a praia é mesmo aqui à saida do quarto. Pois sabemos que por essas bandas chove, mas temos pena! Nós vamos banhar-nos. Fica só, para chatear, esta imagem
Beijinhos e até logo

domingo, 22 de abril de 2012

Hoje foi dia de Viagem. O destino era Jaipur, com algumas paragens pelo caminho. Percurso feito em autocarro. Não são muitos quilómetros, apenas cerca de 200, mas que deu para o dia inteiro. Primeira paragem: uma cidade abandonada, mandada construir por um imperador porque, segundo a sapiência do nosso guia, foi nesse local que a sua mulher (uma delas) esteve em retiro, para que um filho varão pudesse nascer. Como tal aconteceu, mandou construir ali aquela cidade. É lindíssima, diga-se. Na mesma arquitectura vermelha do Forte Vermelho, do qual falámos ontem. Vimos onde ele se sentava para as suas audiências públicas, onde deveriam discutir diversos assuntos… Imaginamos nós, que seria onde se sentaria hoje o nosso presidente a discutir com a Merkel o futuro do nosso país. Pensando bem, talvez até fosse eficaz. Também se decidia ali a pena de morte de alguns criminosos. E perguntam os nossos amigos: “E como se matavam esses criminosos?” Pois, nós explicamos, os criminosos eram mandados para baixo dos elefantes que, por sua vez, eram antecipadamente e devidamente embriagados… Assim, de repente, alguém se lembra de quem gostaríamos ver debaixo da pata de um elefante???? Vá, nós sabemos, ninguém, porque somos todos pessoas de bem. Também ainda nesse complexo existe uma cadeira onde se sentava o imperador, com uma espécie de jogo da macaca à volta. Pois essa era o seu jogo favorito. De entre as suas 700 concubinas, escolhia uma dúzia que, meio desnudas, saltavam de quadrado em quadrado… Não sabemos exactamente as regras do jogo, mas imagine-se que o imperador, um excelente jogador, acabava sempre por ganhar! Continuámos viagem por mais meia hora. Era hora do almoço e a fome já se fazia sentir. Eis que somos presenteados com um magnífico almoço num antigo palácio de um Marajá, agora transformado em hotel, mas mantido como na época áurea do seu proprietário. Fantástico! O ambiente leva a nossa imaginação a uns anos atrás e damos connosco a imaginar como seria a vida dos Marajás… Os quadros ainda se mantêm na parede e por isso a imaginação ganha personagens. Foi um momento muito especial e deva-se referir que um almoço digno de um Marajá! E mais uma vez, entrámos no nosso autocarro cor de laranja, para mais uma ou duas horas de viagem. Não sabemos bem, porque aproveitamos para dormitar um bocadinho. Há que aproveitar estes momentos para ir recuperando! A paragem seguinte levou-nos à India profunda. Uma terra pequena nas montanhas. Uma temperatura muito mais amena. Somos transportados em carroças de camelos. Bem, na verdade não é bem uma carroça. Trata-se mais de uma plataforma de madeira, devidamente acondicionada com um colchãozinho para que os nossos traseiros se mantenham intactos, e à frente um camelo a puxar por ruas tão estreitas que entre a carroça e as casas não cabia quase nada, apenas muitas e muitas crianças de olhos brilhantes e sorrisos rasgados a acenar. As mulheres aqui nesta zona (Rajastão) utilizam cores muito vivas, os homens vestem-se de branco e usam turbantes brancos na cabeça, os locais de habitação são também muito coloridos. Todo este ambiente deu-nos a ideia do que é a India do campo. É óbvio que existe pobreza, para aquilo que são os nossos olhos de ocidentais. É evidente que as condições de higiene não são exactamente as mesmas que estamos habituados a ver quando passamos nas nossas aldeias de campo. Mas se pararmos para pensar, dificilmente vimos os sorrisos abertos e os olhos tão expressivos noutros locais do mundo onde afinal a pobreza não existe. Isto para dizer que não nos sentimos chocados, nem incomodados. A cultura é diferente e é isso que temos de ter em conta. Os camelos levaram-nos a um lodge onde foi servido um lanche, com frutas frescas, sumos, e iguarias locais. O Lodge parece saído do nada, com a montanha como paisagem, bungalows como quartos, uma horta biológica e lindos e cuidados jardins cheios de esquilos e pavões. Ponderámos ficar por lá, a fazer um tempo de meditação… que bom que seria… talvez noutra altura! A saída do lodge já não foi feita de camelo, foi feita num transporte ao qual não conseguimos dar nome. Uma espécie de tractor caixa aberta. Todos na caixa aberta, excepto o nosso co-piloto oficial de outras andanças que se sentou à frente. O nosso condutor, talvez para abafar o som ensurdecedor do motor, decide por uma musiquinha aos gritos… sentimo-nos assim, como fazendo parte de um filme de Bollywood ! Só faltava a coreografia. O caminho foi feito pela mesma aldeia onde passámos anteriormente, com os mesmos sorriso e acenos. A paragem seguinte já era o nosso destino – Jaipur e o Hotel Meridien. Aqui vamos ficar duas noites e conhecer a cidade. Há algum tempo livre para compras, o que começa a ser perigoso. O Hotel fantástico, um gigantesco palácio, provavelmente, pertença de algum Marajá, cheio, mas memso cheio, de jardins, fontes, etc… Isto foi só o que deu para ver, porque aqui já é noite. Amanhã contaremos o resto.

sábado, 21 de abril de 2012

Comboio, Taj Mahal, Forte Vermelho e Jantar tradicional

Meus amigos, Hoje a manhã começou cedo. Eram 3:30 quando soou o despertar. Tinhamos um comboio para apanhar com destino a Agra. Assim foi. A estação de comboios de Delhi é digna de registo. Não sabemos o que tanta gente fazia ali aquela hora. Não devia haver greve...
O nosso comboio foi duma pontualidade britânica e partiu exactamente à hora marcada: 6:15. Levámos apenas 2 horas para chegar a Agra. A paisagem muda muito ao longo da linha ferrea e podemos dizer que se aproxima mais da ideia que trazemos pre concebida daquilo que é a India.
De referir que o serviço a bordo é fantástico. Recebemos algo para comer que um de nós, imagine-se quem, não hesitou em provar. E ainda por cima, achou bom. Confessamos, que o outro de nós, nem se atreveu!
Chegados a Agra, à saída da estação, somos atacados por serviços que - com um marketing extremamente agressivo - nos tentam vender. Houve quem acabasse com um pretador de serviços de limpeza de sapatos agarrado à perna, não deixando o cliente ir embora sem lhe limpar os ténis e receber o devido pagamento... divinal !!! Partimos em direcção ao Grande Taj Mahal. O percurso é feito em charrete movida a equideo magrinho, cujo "piloto" guia tão bem como os outros que andam de mota e carro e outros veículos diversos. De facto, é um privilégio poder conhecer o Taj Mahal. Por muitas fotografias que vejamos, por muita reportagem que assistamos, nada iguala a sensação de olhar para um edificio daquela grandiosidade e beleza. O edificio é rodeado de jardins e fontes e é feito de mármore branco. Está imaculado, uma vez que foi totalmente limpo em 2002 e agora todas as visitas são a pé descalço para os locais e com sapatinho descartável para os visitantes mais claros.
Dentro do templo é um corropio sem fim, e anda tudo a "toque de caixa" sob a batuta de uns senhores locais que, de apito na boca, ameaçam qualquer um que se atreva a apontar uma máquina fotográfica ou se demore mais do que cinco segundos no mesmo sitio. A nossa sorte é que somos portugueses e não entendemos nada do que nos dizem ou que nos apitem, por isso garantimos que o interior do templo está devidamente registado. LOL A visita foi feita debaixo de um calor e sol abrasadores. Agora sim, começa a sentir-se o calor indiano... mas continua a ser bom!!! Demos uma volta pelo complexo e muito gostaríamos de aqui falar sobre ele, mas a verdade é que as palavras são pequenas para descrever tal Maravilha. De seguida fomos visitar o Forte Vermelho. Vermelho, porque é dessa cor, Forte, porque é um complexo militar. Dentro do forte também existe um palácio que era pertença de um imperador que não se tratava nada mal. A vista dos seus aposentos é virada para o rio e com o Taj Mahal ao fundo. Tudo em mármore como manda a lei, profusão de jardins e água corrente, paredes divinamente encrustadas com lindas pedras de diversas cores que formam um conjunto digno de um imperador... que é o que ele era. Este foi o imperador que mandou construir o Taj Mahal que, para quem não sabe, foi uma linda prova de amor (que românticos estamos hoje...).
Uma vez que tinhamos acordado a horas imprórpias, e depois de caminhar debaixo de um calor intenso, fomos para o hotel, onde, mais uma vez, fomos recebidos com as honras que merecemos, que é como quem diz, uma pinta na testa! Ah, desta vez, também tivemos direito a um colar. Fomos almoçar no hotel e seguidamente, também porque merecemos, passámos o resto da tarde "au bord de la piscine" a ver se conseguiamos enganar o calor. E conseguimos!
Ao chegar ao quarto encontramos em cima da cama uns embrulhos com umas roupas locais que aparentemente teríamos que vestir. Depois de várias tentativas de enrolamento num pano que dava para fazer uma estrada lá se conseguiu qualquer coisita. É que o jantar no hotel, hoje era temático. Foi um jantar num ambiente fantástico acompanhado de musica e danças tradicionais indianas. Claro que nos enquadrámos muito bem neste ambiente graças à nossa farpela. LOL
Amanhã espera-nos uma longa viagem até Jaipur com diversas actividades pelo caminho. Beijinhos a todos

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Delhi

Hoje foi dia de Delhi - Nova Delhi, Velha Delhi... tudo. Foi um dia em cheio! À porta do Hotel, fizemos um amigo, chamamos-lhe Sandokan, vá-se lá perceber porquê.
Ao sair do Hotel, percebemos que o trânsito é para cima de caótico, mas mesmo muito para cima! Além de se conduzir pela esquerda (o que não interessa nada), ninguém respeita faixas, sinais, passadeiras, prioridades. Por outro lado, todos respeitam a buzina, e muito. Toda a gente conduz de mão colada na buzina. A manhã foi dedicada à parte de Nova Delhi que foi a cidade projectada e construída, durante 20 anos, pelos ingleses. Azar dos azares, 16 anos depois de inaugarerem Nova Delhi foram obrigados a dar a independência à India. A parte de Nova Delhi é muito bem desenhada, com avenidas largas, muitos jardins e onde vivem os indianos ricos e as pessoas influentes... nem por isso o trânsito é menos caótico. Estes edificios de pessoas mais abastadas, convivem com comerciantes de rua e uma confusão de gente que se movimenta para todso os lados, com todos os tipos de veículo, sem que percebamos bem de onde vêm, para onde vão e o que estão a fazer.
Começámos por visitar um minarete muçulmano - QUTB - Que faz parte de um complexo de templos de culto islamico deixados cá pelos árabes. Uma sensação muito gira, pelo local que é lindo e pelo ambiente colorido. O nosso guia Raj explica tudo muito bem, no seu perfeito espanhol e nós lá vamos entendendo um bocadinho da história da India, quando não nos distraímos a tirar fotografias que nem uns doidos a tudo e a todos.
Imaginem que descobrimos a verdadeira fila Indiana. LOL
O destino seguinte foi um templo feito pelo mesmo arquitecto que desenho o Taj Mahal e, por isso, parecido com o próprio, mas mais pequeno. Vamos esperar pelo autentico para deixar aqui imagens. Não deixou, no entanto, de nos impressionar a sua beleza. Depois fomos almoçar, um almoço muito agradável, sem grandes picantes, o que, para um de nós, acabou por ser uma optima surpresa. Continuámos viagem com destino a um templo Sikh. Confessamos que este mexeu connosco. Este templo, local de culto, não permite que se entre de cabeça destapada, nem com os pés cobertos. Por isso, lá pusemos uns lencinhos cor-de-laranja na cabeça e descalçamos os pezinhos... meias e tudo! Esperamos não ter apanhado nenhum micose. LOL
Este templo recebe oferendas em dinheiro que transforma em comida para oferecer a qualquer pessoa, rico ou pobre, indiano ou não, de qualquer religião, que lá queira ir comer. Alimentam cerca de 20.000 pessoas por dia. Todos os dias. E sim, não nos enganámos nos zeros, são mesmo 20.000! Todas as pessoas que preparam as refeições são voluntárias. Esta é a verdadeira solidariedade. Dentro do templo não é permitido tirar fotografias, mas podemos-vos dizer que é lindo, pela simplicidade e que lá dentro de tocava e cantava uma musica tranquilizante. A religião Sikh não tem imagens, por isso o templo é todo alcatifado e apenas tem o livro sagrado coberto por um pano, que vai sendo abanado (para afastar as moscas) por pessoas que se vão revezando. Já cá fora e na cozinha as fotografias eram permitidas. Cá fora existe um lago, de água sagrada... dizem... pelo sim, pelo não, pusemos lá os pés...
A ultima aventura do dia foi um passeio de riquexó de bicicleta, ou seja, um senhor que pedalou o nosso "leve" peso pelas ruas estreitas da Velha Delhi. Um verdadeiro mimo. Aqui sentimos outros cheiros, nem sempre bons, nem sempre maus, outras cores, outros ambientes e um cáos impossivel de descrever em palavras. FANTÁSTICO!!!
Acabámos o dia com um passeio a pé pelo parque (muito bonito, por sinal) que rodeia o memorial ao Mahatma Ghandi. Foi o local onde foi cremado e as suas cinzas foram atiradas ao Ganges. Ficou o memorial, um local pacifico, como certamente teria sido o seu desejo.
Agora vamos jantar e deitar cedo que amanhã o dia começa às 4:30 da matina com uma viagem de comboio até Agra. Beijinhos a todos e até amanhã.